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vista de uma delegacia da Polícia Cvii em Barueiri com uma viatura modelo Chevrolet Soin estacionada em frente

Programa de combate à violência contra a mulher em Barueri recupera agressores

vista de uma delegacia da Polícia Cvii em Barueiri com uma viatura modelo Chevrolet Soin estacionada em frente“Eu não sabia que eu era violento” declarou T.A., assistido pelo programa “Homem Sim, Consciente Também”, na quarta-feira (dia 23) na Delegacia Sede de Barueri. O projeto foi idealizado pela Policia Civil e tem o apoio da Prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria da Mulher.

Romper o ciclo da violência é o objetivo dos seis encontros com homens de Barueri que apresentam traços de violência ou que cumprem medida protetiva pela Lei Maria da Penha. Com o acompanhamento de psicólogos, assistentes sociais e representantes da área judiciária, os assistidos pelo programa participaram de palestras e rodas de conversas sobre sexualidade, drogas, gênero e a própria legislação (Lei Maria da Penha), que determina a criação de centros de educação para os agressores.

A delegada da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Barueri, que coordena o programa no município, Ivna Schelble, relata que os grupos reflexivos descontroem estereótipos e fazem repensar a masculinidade.

“O importante é que esse pensamento e conduta agressiva não se reproduzam em outros relacionamentos. O que se espera desse curso é que os envolvidos vivam de forma harmoniosa. O programa visa, sobretudo, a educação, só assim é possível a mudança de comportamento.”

Agressão não pode ser mecanismo de defesa
O psicólogo Dimas Dion, que atende mulheres vítimas de violência doméstica pela Secretaria da Mulher, também conduziu algumas reuniões e falou o quanto os ideários machistas estimulam atitudes agressivas.

“Quando nos percebemos desautorizados e não temos mais argumento, partimos para a força. Isso é um mecanismo de defesa diante da ‘honra’, mas que honra é essa? Existe uma cobrança social sobre o comportamento masculino que incita a violência, isso precisa ser combatido” explica.

Despertar
“Percebi que a gente reproduz o que aprende quando criança, eu presenciava o meu pai agredindo minha mãe, mas nunca imaginei que eu seria igual. Quando me separei de minha esposa, perdi a cabeça e forcei a barra com ela”, relatou T.A, assistido pelo programa, reforçando que sua percepção sobre a masculinidade mudou.

“Achava que o homem era o que mandava na relação, agora um homem de verdade é aquele que busca o melhor caminho para tomar decisões. Para mim foi muito importante participar desses encontros, nós também precisamos de um espaço onde podemos ser ouvidos”, concluiu.

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